Alexandria no Google Earth

Isto do Google Earth é mesmo fantástico! Mando-vos uma mapa com algum detalhe de Alexandria e com os pontos turísticos mais importantes da cidade:

1 - Cimpor Egipto: local onde trabalho, numa área chamada de Down Town (apesar de não ser Down Town nenhuma), área também conhecida por "em frente ao Carrefour", que é como aparece nas fichas jurídicas da empresa.
2 - Hotel Hilton Green Plaza: a minha "casa" durante o primeiro mês nas arábias, localizado em pleno Centro Comercial Green Plaza.
3 - A minha casa: essa sim será a minha casa oficial nos próximos tempos. Mudarei durante a próxima semana e, como podem ver, está bem perto da marginal, tem vista sobre o mar...
4 - Biblioteca de Alexandria: para aqueles com mania de intelectuais fica sempre bem dizer que sabem onde fica a Biblioteca mais famosa do mundo. Situa-se em plena Kornisch (Marginal de Alexandria) e tem uma arquitectura espectacular. Por dentro ainda não conheço mas assim que tiver visitas espero dar lá uma saltada.

O primeiro balanço das arábias

O tempo tem passado muito rápido e praticamente sem me aperceber já faz quase um mês que cheguei ao Egipto e, como tal, está na hora de fazer o primeiro balanço do que vivi até agora.

Não posso esconder que vinha com alguns receios e que as duas primeiras semanas me custaram bastante a passar. Sabia que me tinha sido oferecida uma oportunidade profissional fantástica para esta altura da minha vida mas não sabia até que ponto a minha vontade de trabalhar e motivação para aprender seriam suficientes para ultrapassar o facto de ter pouca experiência do negócio, de ter de lidar com sistemas completamente novos e conviver com pessoas diferentes, mais velhas e, provavelemente, com pouca vontade de ver um"puto" num posto superior ao deles.

Felizmente esses meus receios estão, aos poucos, a desaparecer. Depois do inicio muito complicado, foi quando o colega que me acompanhou regressou a Portugal, que, estando eu sozinho e sem ninguém em quem me apoiar, que comecei a cada dia a sentir-me mais confiante e a ganhar a confiança das pessoas. Ainda não me converti ao Corão e muito menos comecei a rezar 5 vezes por dia, mas já começo a conviver mais com as pessoas e, dentro de uns tempos, espero estar a convencer as raparigas do escritório a deixaram o véu e a converterem-se ao uso da mini-saia!!!

Com tudo isto ganhei a alegria necessária para ultrapassar todas as dificuldades naturais de alguém que está sozinho num país novo...e muito diferente!!! O choque cultural é, de facto, uma realidade evidente para um ocidental que vem do Brasil para um país árabe. Mas o tentar entender a cultura e a religião é um passo bastante importante para compreender o modo de vida que levam e as suas convicções. E é isso que tenho procurado fazer...

De resto, acabei de arranjar apartamento para onde me deverei mudar na próxima semana e este fim de semana espero começar a minha saga de viagens como uma visita ao Cairo. Depois conto as histórias!

Dúvida

Porque será que aqui no Egipto não se vê a polícia a fazer o teste do balão aos condutores?

O que vou jantar hoje?

Viva a globalização

E se não fosse a globalização como é que eu entenderia o que era este local???

Habibi

Ai está o meu primeiro conhecimento de árabe: Habibi!!! Uma palavra que significa qualquer coisa como "amigo" e que se ouve constantemente, nomeadamente nas músicas, pois ai 90% delas dizem esta mitica palavra...

De resto, já sei ler os números em árabe que, por esquisito que possa parecer, também se escrevem da esquerda para a direita apesar de as letras serem ao contrário. Ou seja, se estivermos a ler um texto em árabe, começamos da direita para a esquerda e quando aparecem números invertemos o sentido da marcha...mas isto também não é grande problema para mim pois duvido que vá conseguir, algum dia, dominar a escrita destes meninos.

Relativamente ao trabalho tive hoje o meu primeiro dia sozinho. O colega que me acompanhou de Portugal regressou ontem e hoje tive de me desenrascar sozinho. Por mais estranho que possa parecer, foi o dia que me senti mais à vontade e mais confiante...inclusive já comecei a "puxar as orelhas" a um dos egipcios com quem trabalho...Mr. Nuno em acção! Sim, aqui toda a gente me trata por Mr. Nuno, sinto-me um verdadeiro senhor.

Ainda não tenho casa e continua a minha vida de hotel...no entanto, começo a habituar-me ao transito da cidade, a conhecer as ruas e a "tentar" entender as pessoas. Inclusivé, acho que já percebi porque rezam 5 vezes por dia: deve ser a pedir ao profeta que os ajude a atravessar a pé as estradas de 5 faixas para cada lado, cada vez que vão almoçar. E são estradas com tanto trânsito como a Segunda Circular. Eu já fiz isso uma vez: consideraram-me logo "oficialmente no Egipto".

Alsalamu Alaikom

Há 1 ano atrás...

...estava eu em partida para o Brasil, sem saber muito bem naquilo em que me estava a meter mas com a esperança de ter tomado a decisão correcta. Felizmente, passado este tempo, posso considerar que vivi uma experiência inesquecível numa cidade e num país que fiquei a adorar e onde deixei muitas pessoas fantásticas!!!

Por isso aqui fica o meu abraço de saudades a todos aqueles que comigo partilharam o fantástico 2005 em Sampa.

Sobre o Egipto: hoje é domingo e é dia de trabalho! Como tal, hoje não há conversa sobre o "país das múmias".

Cheguei ao mundo árabe

Ao fim de dois meses de espera em Lisboa, cá estou eu em terras de Cleópatra! A chegada não me poderia ter reservado nada mais demonstrativo do que me espera para os próximos tempos: saido do avião e chegado aos tapetes que deveriam ter as malas a passar, rapidamente me deparo com um numero infindável de malas espalhadas…pelo chão!!! No meio daquelas dezenas de malas lá consigo descobrir a minha, passar pela Policia e “tentar” sair do aeroporto. Sim, “tentar” pois a confusão de mulheres de lenço e homens de bigode era tanta que a passagem era bastante dificil. Cá fora aguardava-me o motorista da Cimpor que, rapidamente, cumprimentou o colega que me acompanhava com um sorriso afável e duas beijocas delicadas. Aqui, ao contrário do que eu estava habituado, cumprimentam-se as mulheres com apertos de mão e os beijinhos ficam apenas reservados aos homens. Manias árabes!

Como aterrei no Cairo, ainda me restava uma viagem de cerca de 250 kms até Alexandria. A viagem correu calmamente, pois apesar de os egípcios serem doidos a conduzir (no transito podemos esperar de tudo…menos que venha um carro do sitio correcto), os carros têm uma buzina irritante que dispara sempre que passamos os 120 kms, ou seja, a condução é uma aventura mas a velocidades não muito elevadas.

Pelo caminho parámos num café para beber um água e descansar as pernas. O pedido do condutor egípcio foi, no mínimo, curioso: uma “shisha”!!! Para quem não sabe são aqueles cachimbos grandes de água, um habito muito presente nestas terras, já que em qualquer esquina vemos o pessoal a fumar isto. A acompanhar a “shisha” a tipica musica árabe…que agradável.

Por agora estou no Hotel Hilton Green Plaza, com ligação à net apenas por telefone e com bastante trabalho na empresa, logo sem grande disponibilidade de tempo. Mas prometo mais novidades (e fotos) nos próximo posts, nomeadamente, como sobreviver numa cidade que não vende alcool, não tem discotecas, onde vemos mulheres até com os olhos tapados, onde as pessoas atravessam a pé estradas de 5 faixas, onde os talhos expõem a carne na rua e onde o ar que respiramos “é” amarelo e “cheira” a areia…até lá, já que agora vou beber mais um cházinho!!!