O código de Da Vinci - Censura ou hiprocrisia?
Acabei de ler esta notícia no jornal brasileiro da Globo. Face a todo o impacto que este livro (e mesmo o filme) teve em Portugal e no mundo achei interessante partilhar a mesma com vocês.
Não consigo distinguir se é apenas uma questão de censura ou se é mesmo a hiprocrisia a falar mais alto...mas é, de certeza, algo que me custa a entender na perfeição.
"O ministro da Cultura do Egito disse ao Parlamento nesta terça-feira que as autoridades vão confiscar cópias do best-seller "O código Da Vinci" e proibir a exibição do filme baseado no livro em todo o território nacional.
Aplaudido por deputados do Parlamento, o ministro Farouk Hosni disse:
- Proibimos qualquer livro que insulte qualquer religião. Vamos confiscar este livro.
O Parlamento discutia o livro e o filme, atendendo a pedidos de vários parlamentares cristãos coptas, que pediram a proibição da obra. A deputada copta Georgette Sobhi mostrou um exemplar do livro e de sua tradução árabe e disse que o livro contém materiais que constituem em ofensas.
- O livro é baseado em mitos sionistas e contém insultos a Cristo. Ele insulta a religião cristã e o Islã - disse ela.
Uma parte central da trama fictícia de "O código Da Vinci" diz que Cristo se casou com Maria Madalena e que os descendentes dos dois continuam vivos hoje.
Hussein Ibrahim, vice-líder do bloco da Irmandade Muçulmana no Parlamento, disse que, assim como a Irmandade se opôs às caricaturas dinamarquesas do profeta Maomé, ela vai se opor a qualquer insulto a Jesus Cristo.
A notícia da decisão do governo provocou preocupação em outros setores. Um ativista dos direitos humanos qualificou a decisão de perigosa e disse que ela representa a continuidade das agressões liberdade de expressão.
Hafez Abu Saeda, secretário-geral da Organização Egípcia de Direitos Humanos, disse:
- Isto viola a liberdade de pensamento e religião. Isto (o livro)é ficção, arte, e deve ser visto como tal.
Saeda disse que o livro vendeu bem em muitos países de maioria cristã, onde não enfrentou chamados por sua proibição. Para ele, os deputados deveriam ter consciência de que a proibição não vai funcionar, pois milhares de egípcios já possuem exemplares do livro, que também pode ser descarregado da Internet.
Shahira Fathy, gerente da livraria Diwan, no Cairo, disse que o livro é um dos mais vendidos em sua loja desde que saiu, em 2003.
- É uma pena, muitas pessoas se interessam pelo tema - disse ela, acrescentando que outros livros sobre o mesmo tema também têm vendido bem."
http://oglobo.globo.com/online/cultura/plantao/2006/06/13/284251905.asp
1 Comments:
Muito bom. Devem ser bonitos os níveis de censura no Egipto.
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